domingo, 21 de maio de 2017

Crise politica sem precedência



O Brasil vem atravessando uma crise politica sem precedência. O único lado bom até o momento é que o País não está em guerra civil e o Poder Judiciário está mantendo o controle da situação até o momento, ainda que alguns de seus ministros estejam também envolvidos neste lamaçal junto com muitos políticos.

Na verdade, toda esta estrutura de corrupção sistêmica e endêmica pelo qual estão envolvidas as grandes empresas brasileiras, com as instituições públicas e as lideranças politicas e Partidos políticos  espalhadas nos Três Poderes da Republica, teve seu orquestramento no governo FHC e intensificou no governo Lula e Dilma.

Pois bem, como já fazem mais de 20 anos que esta teia de corrupção foi construída, a quase totalidade da liderança politica da época foram tornando-se exemplo e professores das novas lideranças politicas que foram surgindo, desta forma, hoje a quase totalidade das novas lideranças politicas e também instituições públicas estão envolvidas nesta enorme teia de corrupção. Ou seja, o Brasil vive hoje uma situação incontrolável e que dificilmente se conseguirá encontra-se uma solução ainda que mude a liderança, pois, quem estiver no Poder certamente, estará envolvido em algum delito ilícito.

Penso que a maneira mais adequada e racional para sairmos do imbróglio em que o Brasil se encontra é: a saída de Temer pela sua renuncia ou cassação da chapa Dilma/Temer pelo STE – já que pelo o processo de impeachment só vai sangrar o país ainda mais – e com a saída de Temer, transcorra por via indireta eleição de um nome para um período tampão até as próximas eleições. Assim, estará se cumprindo a Constituição Federal.

Este novo presidente da republica (Tampão), deveria ou ser um parlamentar ou algum outro nome da sociedade civil, porém, alguém que tenha somente a incumbência para transpor este período até as novas eleições, deixando as reformas polemicas para o novo mandatário. Enfim, um presidente que seja um pacificador. 

Ainda que saibamos que há necessidade de reformas estruturais para a geração de empregos e adequação dos cofres públicos, o período por que passa o Brasil não é o momento certo e nem o futuro presidente e o Congresso Nacional possui legitimidade para fazê-los.

Ataíde Lemos

Escritor & Poeta 

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