quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A Classe política e a sociedade

Muitas vezes pronunciamos frases como: “Precisa-se ter ética na política.” ou “Os políticos não têm ética”. Mas a pergunta que faço é: Como haver ética em pessoas que visam o poder? Na política a ética sob o conceito de valores morais, de regras de conduta onde se visa o bem comum e o melhor para a sociedade é uma palavra utópica. Pois basta observarmos como ocorrem as campanhas eleitorais. Entre candidatos é claro e notório que ela é inexistente.

A política é um jogo de interesses onde o bem comum que se promove, na maioria das vezes já está atrelado a uma ambição futura. Ainda é preciso ressaltar que a política leva o homem a adoecer. Isto é, uma vez ingressando na política a maioria esmagadora, torna-se dependente dela. Parafraseando Karl Marx, diria: " Que a política é o ópio daqueles que ingressam nela, levando-os a se desvirtuarem totalmente de seus princípios éticos e morais".

Ainda é preciso analisar que o homem está numa constante educação. Sendo assim, em todos os ambientes que ele viva, sempre terá a tendência a adequar-se a ele. Portanto, a partir do momento em que alguém ingresse na política, terá que se adequar segundo os costumes da instituição, de seus pares numa Casa Legislativa, acabando por conseguinte por perder seu referencial. Infelizmente, o Poder e o Ter são sedutores.

Pois bem, diante deste quatro citado acima, acredito que a fórmula para melhorar a classe política, vem primeiramente por uma melhor seleção daqueles que pretendem entrar na vida pública. Política é algo sério, e não se pode colocar pessoas que tenham uma vida pregressa negativa, para gerenciar uma nação, candidatos onde se constate uma ficha com crimes contra o cidadão, contra o patrimônio ou contra o Estado, ainda que já tenham cumprido sua pena, assim como, pessoas que tenham seu nome inserido no Serasa. Afinal, políticos trabalham com recursos públicos diretamente ou não. Enfim, é preciso que a sociedade tenha o direito de escolher candidatos idôneos para votar. Não é obrigação do eleitor ficar pesquisando este ou aquele candidato. O papel de selecionar a lista de candidatos quanto a sua idoneidade pertence à justiça. Cabe ao eleitor analisar a competência para o cargo, até porque não há como o eleitor investigar processos e etc., dos candidatos.

Outro fator fundamental é que todo candidato eletivo seja obrigado a passar por um curso, por um vestibular, para que possa ser aprovada a sua candidatura. Não dá para alguém que vá governar uma Cidade, um Estado, um País ou vá atuar numa Câmara Legislativa apenas sabendo fazer um "O com copo", enfim, um parlamentar precisa no mínimo ter o curso médio completo.

O segundo fator para melhorar a classe política é de longo prazo e se faz por meio da formação educacional. Faz-se necessário se exercitar desde cedo na escola, a formação política do estudante. Creio que se deveria iniciar já no ensino fundamental, disciplinas necessárias ao trabalho de conscientização da criança, do adolescente e do jovem, para que tenham noções básicas de ética, cidadania e política, a fim de que desde cedo, já se aprenda que a política é um serviço para a sociedade e que é por meio dela que se desenvolve um País e se promove a justiça social, se esclarecendo, que o País é de todos e não apenas de alguns.

Finalizando, a partir do momento em que for possível o eleitor ter para votar candidatos selecionados criteriosamente, tanto pela capacidade como pela idoneidade e que for mais consciente de seu papel como agente transformador, teremos bons políticos e assim o País tende a evoluir significativamente, tanto no campo social como no econômico.

Revisão:
Vera Lucia Cardoso

( Ataíde Lemos )

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